Jayme Asfora celebra os “125 Anos Da Imigração do Povo Palestino no Brasil” e o “Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino", na Câmara

Jayme Asfora - Foto site da Fecomércio   


Para celebrar os "125 anos da Imigração do Povo Palestino no Brasil" e o "Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino", nesta sexta-feira (29), às 10h na Câmara Municipal do Recife, o Vereador Jayme Asfora irá realizar uma sessão solene. Asfora lembra, orgulhosamente, que seus bisavós foram os primeiros imigrantes palestinos no Brasil, e faz questão de registrar que Recife deveria ser exemplo para o restante do mundo, que aqui os Palestinos e Judeus sempre conviveram em paz e com muito respeito. Toda comunidade árabe, evidentemente a Judaíca, está convidada.

"É importante homenagear à luta dos palestinos pelo seu Estado, bem como celebrar o excelente e harmônico convívio entre os descendentes de palestinos e judeus no Recife há mais de 125 anos. São várias gerações de palestinos e judeus que se cruzaram aqui, no Recife!", destaca o Vereador. 

O Recife abriga a segunda maior colônia palestina em território brasileiro e, apesar disso, a história dessa comunidade ainda é praticamente desconhecida no país. Embora sejam numerosos e bem articulados, os 5 mil palestinos e seus descendentes que vivem na capital de Pernambuco são discretos. 

Durante as três primeiras décadas do século passado, os palestinos ocuparam dezenas de pequenas lojas no bairro de São José, centro do Recife. O mercado municipal do bairro – que até hoje é o maior mercado público da cidade –, se tornou ponto de encontro da colônia. O lugar era uma espécie de shopping center da época, local preferido da elite local para compras de carretéis de linha, cosméticos, tecidos, temperos sofisticados, bijuterias ou perfumes. Nas décadas seguintes, o comércio deixou de ser a única atividade dos palestinos. Com o dinheiro gerado pelas lojas, praticamente todos os comerciantes investiram na educação dos filhos, que logo se integraram à vida da capital na condição de médicos, advogados ou professores. 

Historicamente, a Palestina sempre foi lastreada pelo multiculturalismo advindo dos vários povos e etnias que habitaram, desde sempre, essa importante região do Oriente Médio. Anatólios, egípcios, fenícios, armênios, iranianos, cananeus, judeus, romanos, árabes, entre outros, contribuíram precipuamente para a formação do povo palestino, o qual tem por característica a grande força de trabalho e a forte ligação com sua terra. 

Noutra banda, a partir do início do Século XX, haja vista o movimento antissemita que vigorava na Europa, vários judeus migraram para a região que historicamente por eles também era habitada. No entanto, a imigração sofreu resistência de alguns setores, visto que não foi realizada de forma sistemática e organizada. 

Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou por meio da Resolução nº 18, a divisão da Palestina em dois Estados: o Palestino e o Israelense. "Desde então, esta é a única solução possível para a Paz: Dois Povos, Dois Estados. Palestina e Israel, convivendo lado a lado, estáveis, com harmonia e segurança mútuas. Como nunca deveria ter deixado de ser", lembra o Vereador.

Em 1977, a Assembleia Geral do ONU solicitou que fossem celebrados todos os anos, no dia 29 de novembro (Resolução nº 32/40-B), o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. Com efeito, foi nesse dia que, no ano de 1947, a Assembleia Geral aprovou a resolução sobre a divisão da Palestina. 

A efetivação do Estado Palestino independente e o retorno dos refugiados, conforme as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da ONU são questões cruciais à construção de uma paz com justiça e igualdade, uma paz duradoura para o povo palestino e todos os povos do Oriente Médio. O reconhecimento do Estado livre, independente e soberano da Palestina é o caminho da concórdia, fraternidade e justiça.