Projeto “Brasília 6 por 3” vai se apresentar no Recife


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Elaborado para circular por algumas metrópoles brasileiras até o primeiro semestre de 2014, o projeto "Brasília 6 por 3" chega a Recife em dezembro. As apresentações dos três duos de instrumentistas serão realizadas  até o dia 06, na Livraria Cultura do Paço Alfândega. Cada duo terá cerca de meia hora para mostrar o que sabe fazer de melhor: tocar o próprio repertório, em grande parte autoral, trazendo um dedilhar de renovação para a cena instrumental brasileira.

"Posso dizer que escolhemos Recife por ser conhecida como a Capital do Frevo, estilo fortemente instrumental o que nos proporciona um público familiarizado. A ideia do projeto é popularizar ainda mais a música instrumental e destacar essa cena de Brasília.", explica Edna Ellen, sócia do Beco da Coruja Produções. A direção musical é de Daniel Sarkis, do Mandrágora, uma das atrações do projeto, a ser realizado graças ao patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC/DF). 

Os duos são formados por instrumentistas de diferentes gerações, formações e trajetórias, que se destacam na cena musical de Brasília. Nas décadas de 80 e 90, astros e estrelas nascidos - ou apenas artisticamente criados - em Brasília conquistaram o restante do Brasil, como Cássia Eller, Zélia Duncan e a Legião Urbana. 

Além do Mandrágora, formado por Daniel Sarkis e Jorge Brasil (nos violões), o "Brasília 6 por 3" vai fazer pela primeira vez um intercâmbio com o público recifense, trazendo os duos Oswaldo Amorim (no baixo acústico) e Paulo André (no violão) e, ainda, Junior Ferreira (no acordeão) e Vitor Angeleas (no bandolim). Leia um pouco mais sobre os instrumentistas e programe-se: 

Mandrágora
Formado por Daniel Sarkis e Jorge Brasil, o Mandrágora surgiu em Brasília há 13 anos, com a proposta de difundir a música instrumental de qualidade. Os dois violonistas se revezam nas cordas de nylon e de aço, traduzindo nos acordes e na expressão dos sons que experimentam, os próprios anseios e a inquietação dos que sempre buscam inovar – ou, ainda, recriar conceitos já percorridos pelos seus pares. 

Na mistura exata de suavidade e força, o Mandrágora têm como marca registrada as composições próprias. Eles passeiam pelas obras de vários instrumentistas, mas estão sempre perseguindo as melodias e os ritmos próprios. Os dois integram os sons aveludados das cordas de nylon com a presença marcante dos timbres que saltam do violão de cordas de aço; trabalham afinações diferentes para ampliar as possibilidades do violão e personalizar ainda mais a música instrumental contemporânea.

Oswaldo Amorim e Paulo André
Instrumentistas, compositores e arranjadores, Oswaldo Amorim e Paulo André têm muito em comum: nascidos no Rio de Janeiro e residindo em Brasília há vários anos, ambos são professores efetivos da Escola de Música de Brasília (EMB), graduados em Música pela Universidade de Brasília (UNB), com Mestrado em Jazz Performance feito em Nova York, nos Estados Unidos. O disco "Na estrada" é o retrato sonoro da trajetória musical da dupla de violão e baixo acústico, que atua há quinze anos em parceria, no Brasil e no exterior. 

Além dos inúmeros shows e gravações que fizeram juntos, já saíram em turnê pela Rússia e Ucrânia (2002), acompanhando o pianista e compositor russo Andrei Kondakov, e representaram o Brasil no Festival Cultural do Mercosul, em Quito, no Equador (2007). Durante os anos em que fixaram moradia em Nova York (1998-2002) atuaram intensamente com diversos artistas locais e de outras partes do mundo, apresentando-se em casas como Blue Note, Lincoln Center, Shine e Village Underground.

Junior Ferreira e Vitor Angeleas
Refinamento e qualidade musical são apenas dois dos diversos atributos presentes no trabalho do duo Junior Ferreira e Victor Angeleas. Com arranjos originais, belos improvisos e uma interpretação apurada, o duo têm se apresentado nas principais casas e eventos de música instrumental de Brasília e está lançando seu primeiro CD, "Sem fronteiras", elogiado por Hamilton de Holanda: "Que beleza de disco! É bem tocado e com o repertório cheio de pérolas. Gosto muito do estilo que nasceu da união dos timbres dos instrumentos com a personalidade de cada músico, tem a sua originalidade, e a brasilidade cheia de cores", escreveu o grande bandolinista.

Tradição e modernidade caminham juntas na sonoridade do duo, que traz influências de mestres como Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali, Pixinguinha e AstorPiazzolla, dentre outros. A combinação inovadora entre o acordeão de Ferreira e o bandolim de Angeleas proporciona uma sonoridade inusitada e reflete a originalidade da cultura brasileira. A proposta é contribuir para a popularização de uma proposta de música instrumental que apresente a melhor amálgama entre o erudito e o popular, o local, o regional e o nacional, com porções de música mundial. 

QUANDO:  05 e 06 de dezembro, às 18h30
ONDE: Auditório da Livraria Cultura, Paço Alfândega. Recife Antigo
QUANTO: Entrada gratuita
E MAIS: A censura é livre