Concerto da Orquestra Sinfônica do Recife nesta quarta (23)
Abertura da apresentação terá obra contemporânea do compositor Leonardo Martine/Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR
O encontro das mitologias romana, islâmica e yorubá será representado na abertura do concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, que acontece nesta quarta-feira, 23 de outubro, no Teatro de Santa Isabel. A apresentação, que inicia às 20h, começa com a obra O Diálogo entre Vênus, Azrael e Ogum – respectivamente os deuses do amor, da morte, e da caça e da guerra –, criação do compositor paulista Leonardo Martinelli, regida pelo maestro Marlos Nobre.
O público terá a oportunidade de participar da primeira audição da obra em terras pernambucanas.O Diálogo, que estreou este ano, em São Paulo, faz parte de uma série de encomendas feita pela Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi a jovens autores brasileiros. Na sequência, a Orquestra Sinfônica do Recife receberá a pianista Elyanna Caldas, que será a solista do concerto para piano nº 27, de Mozart.
Após o intervalo, uma das peças mais conhecidas de Beethoven, a Sinfonia nº 5, hipnotiza o público. Em cinco movimentos, a obra, que também é chamada “Do Destino”, passa da tensão à leveza, revelando a grandeza do compositor alemão. Este é o terceiro concerto da temporada oficial da Orquestra Sinfônica do Recife com Marlos Nobre. A entrada é franca, e o ingresso deve ser retirado na bilheteria do Teatro de Santa Isabel, a partir das 19h.
Elyanna Caldas Silveira – Natural do Recife, iniciou seus estudos musicais aos cinco anos de idade, sob a orientação de Hilda e Nysia Nobre, realizando aos dez anos o seu primeiro recital de piano. Aos dezessete anos, como aluna de Waldemar de Almeida, representou o Brasil no V Concurso Internacional Frederico Chopin realizado em Varsóvia, Polônia. Detentora do 1º prêmio no Concurso Magda Tagliaferro (Rio de Janeiro/1957), partiu para Paris com bolsa de estudos de um ano. Em seguida fez curso de especialização chopiniana na Polônia, com a professora Marguerita Trombini-Kazuro. Em Viena foi aluna de Bruno Seidlhofer e freqüentou os Festivais de Salzburg em 1957, 1958 e 1967.
Professora fundadora do Curso de Música da Universidade Federal de Pernambuco dedicou-se ao ensino de piano entre 1960 e 1986. Também foi professora do Conservatório Pernambucano de Música, onde ocupou o cargo de Diretora de 1987 a 1991 e de 1995 a 1999. É licenciada em Música, pela École Normale de Musique de Paris, e em Letras, pela Universidade Federal de Pernambuco.
Na tentativa de ampliar as perspectivas profissionais do artista nordestino, fundou o Movimento Arte e Cultura do Nordeste, que entre 1983 e 1986 promoveu uma série de atividades que buscava a integração das artes. Idealizou e coordenou no Recife os Festivais Schumann/Chopin (2010), Liszt/Mendelssohn (2011) e Debussy/Albeniz (2012).