Baderna, vandalismo e violência se espalham nas ruas do Brasil
As manifestações pela redução das passagens do transporte público, contra os gastos com as obras da Copa do Mundo e pelo aumento dos recursos para a saúde e educação atingiram várias cidades do país.
Além do Rio de Janeiro, de São Paulo e Brasília, os protestos ocorrem também em Salvador, onde foram registrados atos de vandalismo por parte de um pequeno grupo de pessoas, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, por meio da assessoria de imprensa. Eles depredaram pontos de ônibus, ônibus, placas de sinalização e banheiros químicos.Policiais do Batalhão tiveram de usar bombas de gás para dispersar os manifestantes. Um policial militar ficou ferido e foi atendido no local. A manifestação na capital baiana começou de forma pacífica, por volta das 16h, reunindo cerca de 20 mil pessoas no centro da cidade, segundo a Polícia Militar (PM). O grupo se dirigiu para as proximidades da Arena Fonte Nova, onde jogavam as seleções da Nigéria e do Uruguai pela Copa das Confederações.
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Ferida é carregada por amigos e um policial militar/Foto JB |
RIO DE JANEIRO - Incêndios, bombas, tiros de bala de borracha e muitos feridos. Este é o cenário do Centro do Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (20) depois de uma manifestação que saiu da Candelária e seguiu para a sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na Cidade Nova.A manifestação seguia de forma pacífica, durante a tarde, até que um grupo iniciou provocações a homens da Polícia Militar que estavam na Cidade Nova. Nas proximidades do encontros das avenidas Presidente Vargas e Francisco Bicalho são ouvidos muitas explosões de bombas. Muita gente também está sendo carregada por amigos para o Hospital Municipal Souza Aguiar, um dos principais da cidade. Até a noite desta quinta, 22 feridos chegaram à unidade. (Com informações do Jornal do Brasil)
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Marcha que saiu do bairro do Dérbi em direção ao Marco Zero, na Zona Portuária de Recife, reuniu milhares de manifestantes Yasuyoshi Chiba / AFP |
RECIFE — Cerca de 100 mil manifestantes participam de protesto em Recife (PE) que começou no bairro Dérby, em frente ao Quartel General da Polícia Militar. Com apitos, bandeiras e gritando palavras como “O povo unido jamais será vencido”, “Entre outras mil és tu Brasil a mais roubada” e “Fora, corrupção”, jovens, em sua maioria entre 15 e 25 anos, já começaram a caminhada em direção ao Marco Zero, na Zona Portuária.
Durante a caminhada, um músico tocou o hino nacional em um violino da sacada de um prédio. Ele foi muito aplaudido, assim como sua mulher, que exibia o seguinte cartaz: “O gigante acordou”. Entre o público ainda chamam atenção cartazes improvisados em cartolinas e papelão com dizeres como “Quando olhei a terra ardendo, vi a fome e a desolação, e perguntei a Deus do céu por que tamanha corrupção”, da estudante Luchesy Catão, de 20 anos, que fez uma paródia com o verso sertanejo do Asa Branca. (Com inforça
do jornal O Globo)
SÃO PAULO – A manifestação que ocorre na Avenida Paulista, em São Paulo, reúne cerca de 100 mil pessoas segundo a Polícia Militar (PM). De acordo com a corporação, apenas um incidente grave ocorreu durante a passeata: um conflito entre membros de um partido político e um grupo supostamente de extrema direita. Uma pessoa saiu ferida e foi socorrida pela PM.
Na Avenida Paulista, a manifestação está dividida em dois blocos distintos: Em um deles, as pessoas hostilizam e protestam contra partidos políticos, a corrupção e gastos excessivos para as obras da Copa do Mundo. Os ativistas desse grupo gritam palavras de ordem contra a presidenta Dilma Rousseff, o prefeito Fernando Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles pedem mais recursos para a educação e saúde.A manifestação do segundo grupo, encabeçado pelo Movimento Passe Livre (MPL), partidos políticos e movimentos sociais foi encerrada na Praça Oswaldo Cruz. Nesse grupo estavam os movimentos estudantis, membros de partidos como o PSTU, o PSOL e o PT, o movimento gay e a Central de Movimentos Populares. (Informações da EBC).
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No final do protesto, manifestantes pularam as catracas do Terminal do CentroFoto: Flávio Neves / Agencia RBS |
FLORIANÓPOLIS - O grupo de manifestantes começou a dispersar por volta das 22h20, após pular as catracas do Terminal do Centro. O presidente do Setuf, Waldir Gomes, informou que os ônibus iriam transportar todos os usuários que estivessem nas plataformas. O trânsito da ponte Pedro Ivo foi liberado para os veículos próximo das 22h e cerca de 20 minutos depois a ponte Colombo Salles também foi liberada.O grupo começou a deixar as pontes em direção ao Ticen por volta das 21h05. A Polícia Militar seguiu acompanhando sem interferir. Inicialmente havia tropas do Bope e do Choque no acesso às pontes, mas eles não impediram a entrada do grupo.(Com informações da EBC).
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Manifestantes invadem espelho d'água em frente ao prédio do Itamaraty, em Brasília (Foto: Lucas Nanini/G1) |
BRASÍLIA - Manifestação por passe livre no DF chega ao fim após quase 6 horas. Cerca de 1,5 mil pessoas fizeram marcha pelas principais vias de Brasília. Grupo quer tarifa zero; governador diz que tarifa não terá aumento até 201. anifestantes favoráveis à adoção do passe livre no Distrito Federal fizeram uma marcha pelas principais vias de Brasília no final da tarde desta quarta-feira (19). A manifestação, pacífica, durou quase seis horas. A polícia estimou em cerca de 1,5 mil pessoas os integrantes da marcha.Acompanhados por policiais todo o tempo, os manifestantes bloquearam o trânsito no Eixo Monumental, no sentido Palácio do Buriti, as W3 Norte e Sul, na Rua das Farmácias e no Eixão. O trânsito ficou complicado, mas muitos motoristas apoiaram a manifestação.De volta à Rodoviária do Plano Piloto, de onde a marcha havia saído, parte dos manifestantes seguiu para a Estação Central do metrô. Funcionários da empresa chegaram a fechar a estação, mas o acesso foi liberado em poucos minutos. Cerca de cem manifestantes pularam as catracas, mas voltaram depois.. A maior parte dos manifestantes se dispersou após o retorno à rodoviária, mas um grupo de cerca de 200 pessoas, segundo a polícia, seguiu em marcha ao Congresso Nacional. A PM fez um cordão de isolamento próximo ao Congresso, impedindo a passagem dos manifestantes. (Com informações do G1).
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milhares de pessoas tomaram o centro financeiro de Salvador para protestar/ : Carol Morena Vilar / Divulgação |
SALVADOR - Diferente do protesto da última segunda-feira (17), o segundo ato do Movimento Passe Livre foi marcado por confrontos entre policiais e manifestantes. Também foram registrados atos de violência e vandalismo, como aconteceu em outras capitais em dias de jogos da Copa das Confederações, que traz consequências negativas para o movimento.Assim como em outras cidades brasileiras, Salvador viveu a onda de protestos gerados inicialmente pelo aumento nas tarifas de ônibus. (Com informações do Portal Terra).