Trabalho e arte do alemão Georg Marcgrave é mostra do Museu Louis Jacques Brunet

Foto/ Divulgação
 
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Um dos grandes papéis atribuídos à Maurício de Nassau é o de mecenas das artes e da ciência no Novo Mundo já que ao longo de sua estada no Brasil foram incentivados e realizados estudos em diversas áreas do conhecimento, tais como a zoologia, a botânica, a etnologia, a cartografia e a astronomia. Este príncipe colonizador humanista, como é considerado, foi responsável pela geração para o conhecimento histórico, científico e artístico da época com a vinda de jovens artistas e estudiosos como Frans Post, Albert Eckhout, Guilherme Piso e Georg Marcgrave, todos com idades que variavam de 25 a 27 anos.

O trabalho na área da astronomia e cartografia de um desses importantes expoentes do século XVII é tema de exposição do Museu Louis Jacques Brunet, durante a 6ª Primavera dos Museus, que acontece de 24 a 30 próximos: "Georg Marcgrave: O cientista natural da comitiva de Nassau", sobre o trabalho e estudos do estudioso alemão que integrou a comitiva holandesa de Nassau. Ele era um destes cientistas multidisciplinares que encontrou no Brasil um campo ilimitado para sua pesquisa, tanto na área de cartografia quanto na de astronomia, em que é considerado o pai da astronomia na América do Sul e responsável pelo primeiro Observatório da Era Moderna no Novo Mundo.

Se fosse vivo, o cientista natural alemão Georg Margrave teria 402 anos e estaria se vangloriando com os feitos da sua contribuição para a história e para o conhecimento científico. Integrante ativo da comitiva do alemão Maurício de Nassau, este cientista natural alemão carrega em seu nome um grande legado. Quando chegou ao Nordeste brasileiro naquele período, o estudioso alemão não imaginava a repercussão do seu trabalho na comitiva para Pernambuco e para a história da ciência natural no mundo. Sua estadia no Recife, na primeira metade do Século XVII, gerou um minucioso trabalho cartográfico sobre o Brasil, que merece hoje destaque pelo amplo registro da nossa geografia em publicações raras, como o livro de Gaspar Barléu (Rerum per Octenium in Brasiliae), publicação de 1647. No campo da astronomia, foi o responsável pelo primeiro observatório astronômico no hemisfério sul do planeta, onde pôde desenvolver a observação e o relato de diversos eclipses no Recife e realizar, a partir desses dados, o cálculo da distância entre a Europa e a América.

Os destaques deste minucioso registro, que deixou um grande legado na área de cartografia e astronomia, podem ser conferidos na mostra do museu, sediado no EREM Ginásio Pernambucano, à Rua da Aurora, que traz referências da sua vida pessoal e da sua atuação profissional entre as personalidades das ciências, ressaltando sua importância para o desenvolvimento das ciências naturais, seus trabalhos e suas contribuições para a sociedade e para a o campo científico. A visitação está aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 12h, na sede do Museu Louis Jacques Brunet, nas instalações da Escola de Referência de Ensino Médio Ginásio Pernambucano, mediante agendamento prévio.

 

SERVIÇO:

Exposição "Georg Marcgraf: O cientista natural da comitiva de Nassau"/ Mostra da 6ª Primavera dos Museus

Museu Louis Jacques Brunet/ EREM Ginásio Pernambucano

Quando: Até o dia 30

Horário: Das 8h às 12h, mediante agendamento

Informações e agendamento: (81) 3181-4782 e (81) 3181-4777.