Damas da corte de Luís XIV são tema de Peça a peça no IRB

Foto/ Simone Luizines

 

 

Damas da corte de Luís XIV, sua função na sociedade e seu status social no reino francês do século XVII são o foco da nova edição do programa Peça a Peça, do Instituto Ricardo Brennand, a partir das 15h. Nesta edição, analisa-se duas figuras icônicas da época: Madame de Laffayette (autora da primeira novela genuinamente francesa "La Princesse de Clèves" de 1678) e Ninon de Lenclos (cortesã, escritora e patrona das artes). Essas personagens integram à mostra permanente "O Julgamento de Fouquet, que mantém 48 esculturas de cera, em tamanho natural, em exibição na Sala das Figuras de Cera, na Pinacoteca do complexo cultural da Várzea.

 

Presenças femininas forte na côrte francesa da época, destacaram-se pelas importâncias de suas formações enquanto damas e pelas influencias que exerceram nas artes e na cultura do país daquele século. Madame de Laffayette, por exemplo, foi tornada dama de honra da rainha Ana da Áustria aos 16 anos e começou a receber educação literária de Gilles Ménage, que a introduziu nos salões de Madame de Rambouillet e Madeleine de Scudéry. Posteriormente, tornou-se amiga de La Rochefoucauld que a fez entrar em contato com figuras importantes da literatura francesa, como Racine e Boileau. Já Ninon de Lenclos foi uma criança prodígio no alaúde (instrumento musical da família dos cordofones) e, posteriormente, no Cravo, que era encantada e citava com entusiasmo o ensaísta Michel de Montaigne e grandes autores clássicos. Tornou-se ainda escritora de coleções intituladas como Cartas e a obra "La Coquette Vengée" ("A Elegante Vingada"), de 1659.  

 

Leitura da obra, oficina de confecção de brasão e apresentação cultural do Maracatu Várzea do Capibaribe integram a programação do Peça a peça. Às 15h, a historiadora Catarina Luizines fará a leitura da obra exposta na Sala das Figuras de Cera da Pinacoteca do complexo cultural da Várzea. A educadora falará sobre a vida dessas personagens expostas no IRB em estátuas de cerca de 1,70m, que retratam com perfeição e semelhança os estereótipos humanos, explorando sua presença das damas de companhia na corte francesa do século XVII, destrinchando, inclusive desde o seu papel como acompanhantes da Rainha até a sua presença na sociedade da época.

Dentro da programação do projeto, os artes educadores Toni Fontes e Clarissa Clementino farão oficina de construção de Brasões, a partir das 15h30, no Ateliê Cícero Dias, no Instituto Ricardo Brennand, onde os participantes poderão construir através da identificação de símbolos e imagens já existentes brasões pessoais, ou para suas famílias, ou profissões, ou até mesmo para seus bairros. Às 16h30, cortejo de maracatu do grupo Várzea do Capibaribe encerrará com muita animação a programação desta edição do Peça a Peça na Pinacoteca do espaço cultural, com seu rei e rainha e demais personagens deste culto afro-brasileiro de Baque Virado.

Exposição Nicolau Fouquet - Expostas no Instituto Ricardo Brennand as 48 esculturas, com 1.70 de altura, em média, montados em cera tal e qual o que compõem o Julgamento de Nicolau Fouquet,  ocorrido na França do Séc. XVII, continuam causando espanto e admiração aos visitantes e turistas que freqüentam o complexo cultural, na Várzea. 

 

A coleção  em cera do IRB traz figuras  em tamanho natural e, embora retrate um episódio político, nos dá a idéia cultural de como a sociedade francesa do século XVII se vestia. Tudo é retratado fielmente, desde as casacas dos homens aos adereços das mulheres. Na cena, montada seguindo relatos da época, lá estão acompanhando o julgamento  figuras conhecidas da literatura mundial como D`Artagnan (um dos três mosqueteiros), Lulli (músico do estilo barroco e inventor da batuta), madame Lafayette, cuja referência literária chega até os dias de hoje, entre outros.


Nicolau Fouquet, apadrinhado de Mazarin, o responsável pela França desde a morte de Luís XIII, em 1643, ascendeu muito rápido e, em pouco tempo, tornou-se o Superintendente de  Finanças ordinárias e extraordinárias do governo do rei Luís XIV, o rei Sol. A escalada meteórica, além de atrair inimigos, entre os mais ferrenhos, Colbert, trouxe à tona rumores de desvio de dinheiro, que ganharam força após Fouquet realizar uma festa digna de um rei em seu palácio Vaux-le-Vicomte, na França.  Indignado com a ostentação de um subalterno, o rei Luís XIV, determinou que Nicolau fosse preso. O processo durou três anos, ele foi condenado à prisão perpetua e teve todos os bens pessoais apreendidos,  muito embora não tenha sido provada a sua culpa.

 

A coleção  em cera do Instituto Ricardo Brennand mostra um pouco desta história e retrata a cena do julgamento de Nicolau Fouquet. A mostra não integra a exposição da Pinacoteca, onde o IRB reúne documentos, objetos e telas relativas ao Brasil Holandês e apontadas como o maior acervo deste período no mundo. Ela ocupa sala especial, no pavilhão da Biblioteca e foi ali montada há uns dois anos, mas somente há pouco tempo aberta ao público para visitas diárias, com público cativo de estudantes, estudiosos e curiosos. Este acervo foi adquiro pelo fundador do IRB, Ricardo Brennnad, em leilão , na França. Ele sempre participa desses leilões de arte e achou a mostra interessante.

 

SERVIÇO:

Projeto Peça a Peça

Tema: Damas da Corte de Luís XIV da Exposição Nicolau Fouquet

Onde: Instituto Ricardo Brennand- Engenho São João, s/n, na Várzea.

Quando: Sábado (26), a partir das 15h

Quanto: R$ 15,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)

Informações: (81) 2121-0365

 

 

 

Da Assessoria de Imprensa / SL Comunicação & Marketing