Sarau Plural com Tereza Costa Rêgo
Por trás dos três codinomes que assinam suas obras ao longo de mais de 60 anos de carreira - Terezinha, Joanna e Tereza -, a artista plástica Tereza Costa Rêgo é a convidada da 12ª edição do Sarau Plural. Sob o tema "O amor é uma pintura", a homenageada do Carnaval do Recife de 2011 vai contar sobre suas "três vidas": no Recife, no exílio na Europa e em Olinda. O encontro acontece nesta terça-feira (28.09), às 19h, na Arte Plural Galeria, com entrada franca.
Também na programação da noite, leitura de textos de Vinicius de Moraes, Pablo Neruda, Carlos Drummond e Clarice Lispector pelo jornalista e escritor Homero Fonseca e pelo ator Sérgio Gusmão. Enquanto que o músico Flávio Brayner leva ao público canções de Dolores Durán, Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, além dos hinos do Elefante de Olinda e Homem da Meia Noite, em homenagem a Tereza, moradora da cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
Trajetória - Filha de uma família tradicional da aristocracia rural pernambucana, Tereza teve uma educação bastante rígida e repressora. Começou a pintar ainda criança, ingressando na Escola de Belas Artes com apenas 15 anos. Durante 14 anos foi casada e teve duas filhas, se dedicando quase que exclusivamente à pintura, com três prêmios do Museu do Estado e um da Sociedade de Arte Moderna. Em 1962, realizou a primeira grande exposição, na Editora Nacional.
No mesmo ano, Tereza envolveu-se com Diógenes Arruda, dirigente do Partido Comunista. Começou um romance, que a levou a fugir do Recife, deixando para trás o casamento. Em São Paulo, por motivos políticos, viveu na clandestinidade até 1969, quando seu companheiro foi preso. Em 1972, quando Diógenes foi libertado, o casal seguiu exilado para o Chile e, em seguida, para Paris, onde passaram seis anos. Mas em momento algum parou de pintar. Expôs seus quadros, assinando com o nome de Joanna.
De volta ao Brasil, em 1979, Tereza sonhava em reconstruir sua vida. Mas depois de tantas tristezas, torturas, exilado de sua nação, Diógenes não resistiu à chegada no Brasil e morreu de ataque cardíaco. Com todos os acontecimentos na sua volta ao País, ela teve que resgatar a vida que havia deixado para trás. Firmou-se como artista plástica de destaque no Estado e passou a pintar e morar em Olinda.
SERVIÇO:
Sarau Plural
Tema: "O amor é uma pintura";
Dia 28 de setembro, a partir das 19h;
Na Arte Plural Galeria, Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife;
Com Tereza Costa Rêgo, Homero Fonseca, Sérgio Gusmão e Flávio Brayner;
Aberto ao público;
Informações: (81) 3424.4431;
Recomendado chegar no horário, pois os lugares são limitados.
|