Copa do Mundo e Jogos Olímpicos vão além dos benefícios econômicos
Estocolmo (Agência CNI) – O Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro, afirmou ontem (06), na capital sueca, onde participa do 3º Encontro de Negócios Brasil/União Européia, que a principal prioridade da CNI é diminuir as distorções tributárias sobre investimentos e exportações.
“Estamos empenhados em avançar nessa agenda e contamos com a parceria das empresas e das organizações empresariais européias. É, também, um tema de crescente interesse das empresas brasileiras que investem no exterior”, afirmou Armando Monteiro, em discurso no Grand Hotel Royale de Estocolmo, uma construção do século XVIII, onde se realiza a reunião de cúpula.
O representante do setor produtivo brasileiro começou o dia num café da manhã, oferecido pelo Ministro da Indústria e Comércio brasileiro, Miguel Jorge, em que foram discutidos rapidamente os maiores projetos de investimento bilateral. Em seguida, num seminário internacional, os temas foram aprofundados. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes, entre outros, o Embaixador do Brasil na Suécia, Antonino Mena Gonçalves, Carlos Mariani, Vice-Presidente da Firjan, o Presidente da Federação das Indústrias do DF, Antonio Rocha da Silva e o Diretor Executivo da CNI, José Augusto Fernandes. Pelo lado sueco, estiveram Ulf Berg, Presidente do Conselho de Comércio Sueco, a Ministra do Comércio, Ewa Björling, o Presidente da Confederação Sueca da Indústria, Signhild Arnegard Hansen, o Embaixador da Suécia no Brasil, Annika Markovic, e representantes de empresas como Electrolux, Ericsson, Saab, Scania e Volvo, entre outras.
Em seu discurso, Armando Monteiro atacou duramente o protecionismo e a bitributação, adotados por alguns dos 27 países da comunidade européia, e defendeu a criação de um conselho comum, integrado por representantes das duas forças econômicas da iniciativa privada e dos governos, para adotar medidas de curto prazo que acabem com estas distorções sobre os produtos brasileiros.
O Presidente da CNI não escondeu o otimismo do setor produtivo nacional com dois acontecimentos que já estão tendo impacto forte na economia brasileira: a Copa do Mundo de 2014 e a recente escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. “Estes fatos que transcendem os potenciais benefícios econômicos. Representam um reforço da auto-estima e da capacidade de realização do potencial do País. O Brasil não perderá essa oportunidade”, conclamou o brasileiro.
Armando Monteiro fez uma análise do desempenho das economias. Ele lembrou que a corrente de comércio entre Brasil e União Européia caiu 27% nos primeiros oito meses de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto que, com a China, a queda foi de apenas 3,7%. A União Européia perdeu participação nas nossas exportações (de 24% em 2008, para 23% em 2009), mas ganhou participação nas nossas importações (de 21% em 2008, para 23% em 2009). “Aí temos um claro desafio a enfrentar. A recuperação da economia brasileira deverá estimular o aumento das importações nos próximos meses e esperamos que esse movimento seja acompanhado por uma recuperação de nossas exportações”, disse o empresário brasileiro.
Na área das mudanças climáticas e matriz energética, o Presidente da CNI afirmou esperar que durante a 15ª Conferência das Partes (COP 15), a ser realizada em dezembro de 2009, em Copenhague, os países desenvolvidos se comprometam com metas de reduções de emissões mais ambiciosas. “A participação do Brasil no esforço global de combate ao aquecimento global é historicamente significativa. A baixa intensidade de emissões de carbono da matriz energética do país, que faz com que a indústria contribua com apenas 8% das emissões nacionais, tem sido acompanhada por avanços no controle do desmatamento ilegal e o emprego de biocombustíveis em larga escala”, disse Monteiro.Mais notícias em www.armandomonteiro.com.br
Da Assessoria de Comunicação/Armando Monteiro Neto