Eduardo Campos cria conselho para reforçar economia solidária no Estado
Eduardo Braga/SEI
O governador Eduardo Campos deu posse ao Conselho Estadual de Economia Popular de Pernambuco (Ceep-PE), esta semana, no Palácio do Campo das Princesas. Criado pela Lei nº. 13.704/2009, o grupo será formado por membros do governo e da sociedade civil organizada, com o objetivo de alavancar projetos de economia solidária no estado. Na prática, o Conselho vai contribuir para construção, fiscalização e discussão de projetos de fortalecimento da economia solidária, criando, por exemplo, grupos de confecção, artesanato, serviços gerais e cooperativas. Quatro empreendimentos já estão previstos na agenda. Serão construídos Centros de Vocação Tecnológica de resíduos sólidos em Casa Amarela; de corte e costura, no Morro da Conceição; de ostreicultura, em Itapissuma e, por fim, um de criação de mariscos em Igarassu. Levantamento feito pelo governo – em parceria com a Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE) – detectou a existência de mais de 1.500 grupos de economia solidária espalhados por 125 municípios pernambucanos. Para Eduardo Campos, essa é a tentativa “de adequar o aparelho de Estado à perspectiva do povo, de uma proposta distinta de sociedade, que representa a vida e a possibilidade de sobrevivência e produção com respeito a valores mais atuais do que nunca ante essa discussão da crise econômica mundial”. Já o secretário Estadual de Juventude e Emprego, Pedro Mendes, principal representante do governo no Ceep-PE, acredita que o grupo tem muitos desafios pela frente. “A economia solidária é, antes de tudo, desafiadora. No seu conceito tem solidariedade, tem respeito mútuo, tem cooperativismo, tem autogestão, tem preocupação com o ecossistema e preocupação com o preço justo. É uma economia desafiadora porque surge da própria contradição do capitalismo. Nossa economia solidária é considerada o mais sério movimento desse setor no Brasil”, afirmou Mendes. Pela sociedade civil, o professor da UFRPE e coordenador do Projeto Incubadora Popular de Cooperativas, Paulo de Jesus, explicou o diferencial do setor, “Na economia das empresas, o grande motor é o capital, o lucro. Já a economia solidária não se centra no lucro, o centro dela é a reprodução da vida, o trabalho que gera renda. Mas vai além. Tem uma dimensão ambiental e um compromisso com os demais. Existe uma relação de cooperação, de fazer junto”, observou o professor.
Da Secretaria Especial de Imprensa/Governo de Pernambuco

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