Ministério do Meio Ambiente inaugura Centro de Reciclagem de Pernambuco

Foto/Divulgação
Pernambuco ganhou, ontem (16), um novo empreendimento que será mais um forte aliado na luta pela preservação do Meio Ambiente. Trate-se do primeiro Centro de Regeneração e Reciclagem do Nordeste (CRN), inaugurado com a presença de representantes do Ministro do Meio Ambiente.
O CRN é uma unidade da empresa Bom Clima, operadora oficial do Programa Nacional de Eliminação de CFC, em Pernambuco, apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente e Programa das Nações Unidas e pelo Ministério que doou R$ 2 milhões para a aquisição e instalação dos equipamentos importados da Europa.
Sua principal atividade consiste no reaproveitamento dos fluidos refrigerantes (CFC, HCFC e HFC) extraídos de geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e de máquinas que compõem grandes sistemas de refrigeração industrial. Essas substâncias, quando expelidas na atmosfera contribuem com a destruição da Camada de Ozônio e aumentam o Efeito Estufa, o que causa o aquecimento global.
Com a chegada do CRN ao Nordeste, todo esse material nocivo ao Meio Ambiente poderá ser reaproveitado, regenerado e devolvido às empresas com nível de pureza aprovado pelas normas do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Depois de regenerado, esse mesmo fluido será reutilizado na manutenção de outros equipamentos, evitando com que o CFC e seus derivados, sejam jogados na atmosfera.
A idéia é que técnicos treinados recolham e armazenem os gases e depois levem o material para o CRN. No laboratório do CRN, as substâncias serão analisadas e recuperadas e devolvidas para a as empresas com nível de limpeza próprio para a reutilização em novos equipamentos de refrigeração. Para tanto, o CRN montou uma rede de coleta e distribuição de fluidos refrigerantes.
As empresas credenciadas na rede de coleta recebam, durante a cerimônia de inauguração, um máquina recolhedora de fluidos e dois cilindros de 13kg. O kit, que possui preço de mercado estimado de R$ 6 mil, será doado em sistema de comodato onde as empresas poderão usá-lo por dois anos sem pagar nenhuma taxa.
Segundo Oseas Omena, diretor da Bom Clima, empresa responsável pelo CRN, a regularização e viabilização do uso consciente dos fluidos refrigerantes também será um serviço oferecido pelo centro. “O nosso laboratório está preparado para fazer o trabalho preventivo. Pelo menos uma vez por ano as instituições precisam fazer uma análise do gás e se certificar se eles estão contaminados. O CRN será o único espaço a oferecer este serviço na região. A análise e a destinação do fluido refrigerante é importante, principalmente, para as empresas que possuem ISO14001.
Além de atestar a qualidade do produto, nós iremos certificar a empresa e registrar que ela está fazendo a destinação final dessas substancias adequadamente. Ou seja: sem prejudicar o Meio Ambiente”, explicou o diretor. Omena também lembra que outra vantagem do CRN é a viabilidade econômica.
Como o Brasil não fabrica CFC, HCFC e HFC, os profissionais de refrigeração precisam importá-los da Europa e Estados Unidos. Com a regeneração, o gás que se torna próprio para o uso, é repassado no valor abaixo do mercado de importação, gerando uma economia de até 30% para a empresa que não precisará mais comprá-lo fora do país. Além disso, o projeto CRN gerou sessenta empregos diretos e poderá gerar mais de 750 indiretos.
INFRAESTRUTURA – O Centro de Regeneração e Reciclagem do Nordeste está dotado de uma infraestrutura de ponta, com capacidade para trabalhar com uma tonelada de fluido refrigerante por dia. São duas máquinas regeneradoras, uma transferidora de gás, uma lavadora e uma secadora de cilindro. Além do laboratório de laboratório de análise e teste de qualidade.
Segundo dados do Sindicato das Empresas de Refrigeração de Pernambuco (Sindratar-PE), cerca de 35 mil profissionais brasileiros trabalham com manutenção de aparelhos que usam fluidos refrigerantes. Desse total, aproximadamente 30% está localizado no estado pernambucano. “Se todas essas empresas adotarem o sistema de regeneração do CRN, cerca de 365 toneladas de fluidos refrigerantes deixarão de ser emitidos para a atmosfera. Por outro lado, o mercado irá gerar uma economia em torno de R$ 3 milhões por ano”, explicou Oberdan Cardoso, consultor do Sindratar-PE.
SERVIÇO:
CRN
Onde: Avenida Recife, 3045 – Ipsep - Recife
Informações: gerencia@crnnordeste.com.br ou (81) 3471.0984.
Da Assessoria de Imprensa/Focco Comunicação