Félix Farfan com exposição individual



Três Vezes Cuba é nome da mostra/Foto Divulgação


O artista, que nasceu no Acre, aporta mais uma vez em seu porto-seguro, Pernambuco, apresentando a mostra fotográfica Três Vezes Cuba (TR3S/V3Z3S/CUBA), com abertura simultânea no Nascedouro de Peixinhos e no Bar Central, a partir de 10 de julho. A exposição, registro do cotidiano de Havana em 41 imagens, é acompanhada do lançamento do catálogo, que traz textos do artista João Câmara, e dos críticos de arte e jornalistas Adriana Dória Matos e Marco Pólo.
A Exposição Três Vezes Cuba (TR3S/V3Z3S/CUBA) propõe uma narrativa sobre a ilha, a partir de uma viagem que o artista fez, trazendo para o trabalho um olhar diferente do mero registro fotográfico. 3XCuba é uma seqüência de imagens que revela o cotidiano de Havana (Cuba) e, principalmente, apresenta sob o olhar estrangeiro, sua arquitetura, pessoas e as cores da cidade, que se destaca pelos automóveis; que se relacionam e se apresentam constantemente no espaço urbano.
A mostra pretende traçar uma reflexão sobre os sonhos de uma sociedade de consumo; a função e a beleza estética juntas numa sociedade que renega tais valores e que, sem pretender, termina alimentando os nossos sonhos e olhares estéticos. “A exposição pretende confrontar realidades distintas e valores sociais. Diante dos carros velhos de Cuba e de ícones dessa cidade, vemos a nós mesmos, o nosso frenesi de consumo e a voracidade do tempo, que já nos legou tantos modelos de carros, muitos deles desaparecidos ou tornados peças de colecionador e o que hoje é cotidiano em Cuba – carro velho por todo lado – e um nostálgico cartão postal para visitantes pode tornar-se história muito em breve”, explica Farfan.
Félix Farfan - uma das revelações, ainda na década de 80, dos novos talentos das artes em Pernambuco, é na verdade um cidadão do mundo, mas de pura alma nordestina. Nascido em 1960, no Acre, começou seus estudos em Brasília com o artista cearense Siroba.
Foi em Pernambuco que fincou os pés de seu ofício promissor. Nos anos 80, radicado no Recife, ensejou trabalhos de pintura, desenho e gravura em metal desde a graduação na UFPE. E em Olinda estudou com João Câmara, Liliane Dardot e Delano. A aliança com João Câmara se fortaleceu ao longo dos oito anos em que trabalhou no ateliê do artista.
Após beber em tantas fontes, Farfan alçou seus voos solos. Integrou importantes mostras coletivas pelo Brasil, e se arriscou em individuais em Brasília, Recife, Olinda e São Paulo. O reconhecimento o acompanhou à medida do amadurecimento da sua obra. Seus mais recentes trabalhos foram exibidos na Bienal de Valência, em 2007, na feira de arte de Lisboa, em 2008, e na feira Art Madri, em 2008 e 2009.

Abertura da exposição TR3S/V3Z3S/CUBA, de Félix Farfan
10 de julho, às 19h
Local: Bar Central (Rua Mamede Simões, 144, Boa Vista) e Refinaria Multicultural Nascedouro de Peixinhos (Rua Jardim Brasília, s/n, Olinda)

Da Assessoria de Imprensa/Aponte Comunicação