Chapéu de Palha pode chegar ao Sertão
Foto/Aluísio Moreira
O governador Eduardo Campos (foto) enviou à Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), semana passada, o Projeto de Lei (PL) que trata da criação do Chapéu de Palha da Agricultura Irrigada para fruticultores de sete municípios do Sertão pernambucano. A ideia é atender oito mil famílias dos municípios de Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande, Petrolina, Orocó, Belém do São Francisco, Cabrobó e Petrolândia. “Esse programa pode levar um prato de comida para a mesa de uma mãe de família que alimenta os filhos a partir do seu trabalho na lavoura e que, uma vez por ano, perde sua única forma de sustento” afirmou Eduardo.

O Chapéu de Palha foi lançado ainda em 1987, pelo então governador de Pernambuco Miguel Arraes, como forma de minimizar os efeitos da entressafra nas cidades que viviam da cultura da cana de açúcar na Zona da Mata pernambucana. Vinte anos mais tarde, Eduardo o trouxe de volta numa versão ampliada e, em 2009, o Chapéu de Palha virou Lei Estadual. O envio do texto à Assembleia acontece na mesma semana que o governador lançou a terceira edição do programa. A novidade deste ano está no aumento do valor do benefício pago aos trabalhadores que foi elevado de R$ 190 para R$ 232,50, acompanhando o reajuste do salário mínimo.
O deputado estadual Sebastião Rufino representou a Alepe na cerimônia e sinalizou a determinação em aprovar o Projeto de Lei. “Quero dizer aqui que tenho certeza que a Alepe agirá em urgência para a aprovação desse Projeto de Lei, representante que é do povo pernambucano, que vive um momento promissor e por isso temos também que atender aos projetos do Executivo, porque assim estaremos também atendendo ao povo”, afirmou Rufino.
Assim que o texto for aprovado, começará o cadastramento das famílias junto aos sindicatos de trabalhadores rurais de cada uma das cidades. A previsão é que a bolsa comece a ser paga já em maio, indo até julho. A partir de 2010, o benefício será oferecido nos meses de janeiro, fevereiro e março. Cada uma das famílias deve ter ao menos um membro participando das atividades previstas no projeto, como por exemplo, oficinas de preservação do meio ambiente, cursos de reflorestamento, alfabetização, qualificação profissional, formação política, entre outros.
O momento escolhido para a implantação do Chapéu de Palha no Vale do São Francisco não poderia ser mais oportuno. Desde o final do ano passado, produtores de todos os portes sentem os efeitos da crise financeira mundial que diminuiu sensivelmente as vendas de mangas, uvas e outras frutas da região, principalmente para o exterior. Desde o final do ano passado, Eduardo vem lutando, junto ao Governo Federal, no sentido de socorrer os empresários e os trabalhadores do setor.
“Articulamos inicialmente uma ação financeira com o BNDES e o Governo Federal para fazer a rolagem de dívidas dos produtores e das empresas, desburocratizando o processo, para que pudéssemos custear esta safra”, lembrou o governador, que há cerca de dois meses foi à Petrolina para debater saídas para a crise no Vale do São Francisco.
Também presente no Palácio do Campo das Princesas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) da região, Francisco Pascoal, o Chicó, disse que a chegada do Chapéu de Palha à região é importantíssima: “Petrolina e região vêm sofrendo com o grande número de trabalhadores desempregados todos os anos, especialmente neste, de 2009. Levar o programa, que é sucesso na Zona da Mata, para o Sertão, mostra que o Governo se preocupa com a gente também”, elogiou.
Da Secretaria de Imprensa/Governo de Pernambuco