Lançado em PE o livro: Deu com a Pleura!

Na contramão da unificação da língua portuguesa/divulgação


De encontro ao atual movimento para unificação do idioma falado nos países de língua portuguesa, e através de pesquisas em dicionários especializados e na Internet, o escritor pernambucano Gustavo Arruda desenvolveu um projeto particular de pesquisa, registro, divulgação e valorização do jeito de falar peculiar do Nordeste do Brasil. O resultado é o livro “Deu com a Pleura! matutices da cidade grande” (já à venda nas livrarias de todo o Brasil), reunindo 29 crônicas de humor popular: O ESPORRO DO ESTUPOR, APERREIO DE MENINO LESO, SHOPPING CENTER DE PERCATA, A PEITICA DO CHOCHO AMOSTRADO, DA BOCA DO BUCHO PRO PÉ DA GOELA...

Assim, através de curiosos personagens brejeiros, Gustavo Arruda denuncia o inusitado contraste existente entre a modernidade da capital e a simplicidade do interior, além de resgatar a influência do interior em qualquer cidade grande e passear pelo saudosismo de um passado preservado no modo de vida do subúrbio das grandes metrópoles. O prefácio é assinado pelo Mestre em Educação (UFRN) Profº Adriano Medeiros Costa: “(...) Esforços literários como este mostram a importância da preservação dos regionalismos lingüísticos como uma das últimas resistências contra o nivelamento dos costumes e a uniformidade das culturas (...)”.

O livro contextualiza aplicações práticas do linguajar nordestino de uma forma acessível, justificando ainda sua origem em diversas línguas estrangeiras (como o Francês, o Árabe, o Inglês, o Italiano e dialetos Africanos, além do Português lusitano colonial e do Tupi-Guarany). São mais de 600 expressões regionais, traduzidas em glossários individuais para cada texto: muxoxo, baque, muxicão, apaetado, perronha, mouco, diadema, roncha, destorcer, engalfinhado, greia, bulir, esparro, samboque, estabanado...

“Depois do êxodo rural de outrora e da recente globalização, agora é praticamente impossível separar as expressões legitimamente nordestinas das de outras regiões do Brasil. Além disso, os dicionários tradicionais de Português não catalogam a grande maioria das expressões regionais. Mas o problema maior é passar para o papel a oralidade popular do nordestino sem violar muito as regras gramaticais do Português culto vigente. Afinal, o idioma falado no Nordeste do nosso país tornou-se um ´dialeto local´, quase incompreensível pelos patrícios de outras pairagens.” - conclui o autor, Gustavo Arruda, que tem 42 anos de idaden e é colecionador de fotos antigas da cidade do Recife.
Gustavo Arruda também é autor dos livros: “Ri Melhor Quem Mente Primeiro” – Livro Rápido, Olinda / 2006, “Ironias do Destino” – Editora Universalista, Londrina / 1998 e “O Bê-a-bá do Bem Viver” – Editora Universalista, Londrina / 1998).
SERVIÇO:
“DEU COM A PLEURA!”
ZIT Editora, Rio de Janeiro / 2008
Leia mais sobre o livro em http://www.gustavoarruda.rg3.net/
De Gustavo Arruda/Divulgação