Santa Maria da Boa Vista pode virar pólo de artesanato em couro, no interior de PE

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Um grupo de 16 empreendedores e caprinovinocultores da região de Santa Maria da Boa Vista/PE, interior de Pernambuco, está aprendendo desde o último 10 de agosto a confeccionar e vender bolsas, cintos, carteiras e artefatos em pele caprina e ovina. Trata-se de uma capacitação especializada, com 420 horas de treinamento e 40 horas de consultoria, fornecida pelo Sebrae/PE em parceria com o Senai/BA e realizada na sede da Associação Agropecuária do Vale do São Francisco - Aprisco do Vale.
Segundo o Gestor do Projeto de Caprinovinocultura da Unidade de Negócios do Sebrae Sertão do São Francisco, Bras Lomanto, o projeto tem o objetivo de agregar valor à pele dos animais, gerando mais renda para as famílias dos criadores, além de fortalecer o agronegócio da caprinovinocultura na região com a geração de mais de 500 empregos indiretos.
“A capacitação e consultoria se mostra como uma ótima oportunidade para divulgar soluções, captando, tratando e disseminando informações aos empreendedores e empresários de micro e pequenas empresas ligadas à caprinovinocultura”, explicou Lomanto. Para a secretária Valdirene Bezerra, trata-se de uma nova oportunidade de trabalho que vai ampliar o artesanato local.
“Aqui na região o mercado de trabalho não é muito amplo. Estou gostando muito de aprender a desenhar e confeccionar bolsas, cintos, carteiras, e também a montar coleções, podendo futuramente exercer essa atividade em meu dia-a-dia”, revelou. Todos os produtos confeccionados durante o curso serão colocados à venda na unidade de produção de bolsas e artefatos de couro e afins de Santa Maria da Boa Vista.
De acordo com o Presidente da Aprisco do Vale, Nelson Santana, existem, na região, 200 criadores em quatro associações fornecendo pele para os curtumes da região. Segundo Edson Castro Nascimento, coordenador do grupo de couro da Cooaprisco- Cooperativa Agropecuária do Vale do São Francisco, detentora do projeto da futura fábrica, boa parte dos maquinários da nova unidade de processamento de couro já foi comprada. “Vamos gerar, assim que ela estiver pronta, 18 empregos diretos. A previsão é que até o fim de 2010, cada cooperado esteja ganhando pelo menos 2 salários mínimos com a sua produção”, informou.

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